Vivo a contradição entre o Ser e o Querer Ser.
Pois o Ser é aquilo que sou.
A identidade pela qual reconheço minha memória
Imprimida pela história vivida.
Que dentro do fluxo que lhe é próprio,
Não é estável, é mutável.
Logo, em nenhum momento eu sou.
Portanto, não sou o Ser por estar no fluxo.
E ainda não sou, nem serei o que Quero Ser,
Se sou alguma coisa ou Ser, sou então o embate
Sou o meio entre o presente e o futuro.
Sou Ser e o Querer Ser sem divisão ou fronteira.
Eis a formula da minha composição.
O Embate entre o presente e o futuro que forja a estabilidade de um passado.
Que estabilidade?
Não há estabilidade absoluta, nem mesmo no passado.
Ele não está cristalizado no tempo.
Mas ele se move, pois ele mesmo está no tempo.
Pois só o acesso como um recuo à consciência e um progresso na duração.
A cada momento que recorro a ele no presente ela já não é como era.
Ante a tanta instabilidade,
Me espanta aqueles que dizem ser o que são.
Penso, que pretensão, que arbitrariedade.
Artifício de uma leviandade consigo mesmo.
Ninguém é !
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