Sinto a vida desfalecer.
O fluxo vital atenuar.
O coração bater em sacrifício.
A dor d’alma invadir.
O espírito se abater.
Sinto que já não sou capaz.
A vida em seu fluxo e refluxo vence o ego.
A vontade se afrouxa.
O agir não se realiza.
E o pensamento, ora o pensamento!
O pensamento é falaz.
Sinto que não haverá saudades.
Do mundo.
Dos homens.
De mim.
Daquilo que é mais ignóbil.
Daquilo que são só intenções de maldades.
Sinto, somente sinto.
Não quero saber o significado disso.
Mas simplesmente transitar pelo fluxo temporal,
Saboroso, da sensibilidade livre de qualquer ditame.
De qualquer sentido.
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